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2013-04-18

Crescimento superior a 4% face ao ano anterior - Grupo RAR ultrapassa em 2012 faturação de mil milhões de euros

EBITDA gerado em Portugal representa um terço do valor consolidado. Em sentido inverso, contributo do Brasil cresce e já ultrapassa os 15%.

O Grupo RAR registou, em 2012, um volume de faturação de 1032 milhões de euros, cerca de 4,5 por cento acima do ano anterior, e um cash flow operacional (EBITDA) consolidado de 48 milhões de euros. Em plena crise económica, o desempenho do Grupo manteve-se equilibrado, fruto de uma estratégia de diversificação e de redução da exposição ao mercado nacional. Atualmente, o EBITDA gerado em Portugal representa apenas um terço do valor consolidado, sendo que, fora da Europa, o Brasil já ultrapassa os 15 por cento.

Numa análise por empresa, a Colep manteve-se como a que mais contribuiu para as vendas globais do Grupo, tendo em 2012 aumentado a faturação em mais de 6 por cento, para os 543 milhões de euros. A atividade no Brasil cresceu 20 por cento face a 2011, mesmo com o atraso no licenciamento da nova fábrica, provocado por questões burocráticas, entretanto ultrapassadas. Já na Europa são de registar as boas performances nas atividades de enchimento e de fabrico de aerossóis, apesar dos efeitos da crise económica.

A atividade da Vitacress teve um ano positivo, embora afetado pelo verão climaticamente adverso registado no Reino Unido, com impacto negativo na produção e no consumo. Ainda assim, o volume de vendas aumentou em mais de 3 por cento para os 190 milhões de euros, com o EBITDA a crescer 18,5 por cento para os 11 milhões. Em Portugal, a empresa manteve a sua posição de liderança e, apesar da forte recessão económica, melhorou a performance operacional. Sinal positivo também para a área de tomates produzidos em estufa, que registou no Reino Unido um crescimento de vendas na ordem dos 20 por cento, resultado do turnaround concretizado. 

A Acembex, que manteve a sua liderança nacional enquanto importador de cereais e seus derivados, registou uma faturação muito próxima da de 2011 (182 milhões de euros), embora com redução significativa do EBITDA, provocada pelo surto de greves portuárias que forçou a empresa a perdas de margem operacional. Já o negócio da RAR Açúcar continuou muito afetado pela legislação comunitária, que tem provocado dificuldades no abastecimento de matéria-prima e uma grande volatilidade dos seus preços de aquisição, em alta durante quase todo o ano de 2012. Também o substancial aumento dos custos de energia teve um impacto negativo na rendibilidade da empresa. 

No ano em que comemorou os 80 anos, a Imperial apresentou os melhores resultados de sempre, com crescimento substancial do volume de negócios (24 milhões de euros) e da rendibilidade.