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2016-06-06

Grupo RAR reforça negócios estratégicos para aumentar competitividade e rentabilidade operacional

Em 2015 as vendas líquidas consolidadas do Grupo RAR atingiram o valor de 860 milhões de euros, enquanto os meios libertos de exploração (EBITDA) rondaram os 40 milhões de euros. Os resultados operacionais do Grupo foram de 12 milhões de euros, sustentados pelas performances da Colep Europa e da Vitacress.

O resultado líquido foi negativo em cerca de 8 milhões de euros e os resultados atribuíveis a acionistas da empresa-mãe foram negativos em 6,7 milhões de euros.

A dívida financeira consolidada foi reduzida em mais de 30 milhões de euros.

As alterações ao portefólio do Grupo RAR concretizadas em 2015 permitiram uma melhor alocação de capital e o reforço dos negócios mais estratégicos do Grupo. A aquisição pela Colep dos restantes 49% da sua operação brasileira, a venda de 100% do capital da Imperial, a venda da participação de 50% na GeoStar e a venda da operação inglesa de tomate detida pela Vitacress, foram medidas que contribuíram para o reforço da solidez do grupo.

A linha orientadora dos últimos exercícios tem conduzido a uma progressiva sustentação e reforço dos patamares de rentabilidade operacional e à redução do nível de endividamento do Grupo RAR. Apesar do contexto, no ano de 2015 deu-se continuidade a este processo.

Reduzir o passivo e reforçar os negócios estratégicos do Grupo 
A Colep teve um bom ano na sua operação europeia, com a divisão de packaging a atingir valores recordes e a divisão de consumer products a crescer e a conseguir novos contratos com empresas multinacionais, que continuarão a ter efeitos positivos nos próximos anos. A atividade no Brasil foi marcada por uma acentuada redução de consumos, reflexo da profunda recessão que o país atravessa. Após a aquisição da totalidade do capital das empresas brasileiras, acelerou-se o programa de integração das operações fabris num modelo similar ao do restante universo Colep. O processo de reestruturação implementado visou ajustar a estrutura da empresa à nova realidade do mercado, aumentar o nível de eficiência operacional e mitigar as dificuldades resultantes de um mercado laboral pouco flexível, da inconstância da cadeia de supply chain e da elevada complexidade fiscal. As vendas consolidadas da Colep foram de 466 milhões de euros, projetando-se um crescimento sustentado da sua atividade e dos seus resultados para os próximos anos, a acompanhar o reforço da sua posição nos diferentes mercados em que atua.

A Vitacress teve, numa base comparável, uma boa performance, desenvolvendo programas de redução de custos e de concentração, num único local, da produção de ervas em vaso. De destacar o reforço da sua posição no mercado de ervas frescas do Reino Unido, onde tem uma presença muito significativa nas principais cadeias de retalho. Mesmo perante condições de mercado difíceis, a empresa mostrou um forte desempenho e fechou o exercício de 2015 com um volume de negócios de 136 milhões de libras (185 milhões de euros).

A RAR Açúcar registou uma melhoria na sua rendibilidade, apesar da penalização excecional, decorrente da rescisão assumida de contratos de compra de rama, ter afetado significativamente os resultados. O retomar de alguma estabilidade das matérias-primas, a baixa do custo de energia e um esperado crescimento dos preços de venda, faz antever melhor desempenho já no próximo exercício. O volume de negócios manteve-se praticamente inalterado face ao ano anterior, na ordem dos 70 milhões de euros. A empresa prossegue focada na subida da sua margem de atividade, bem como na contínua racionalização de custos e otimização operacional.

Na RAR Imobiliária sentiram-se alguns sinais da retoma do setor, refletidos por um aumento relevante das vendas e alugueres no Edifício do Parque e noutros ativos. Por outro lado, deram-se os primeiros passos para o lançamento de um novo projeto no Paço do Lumiar, em Lisboa, um condomínio fechado projetado pelo Arq. Souto Moura. Beneficiando desta conjuntura, a RAR Imobiliária registou um nível de atividade superior ao do ano anterior.

A Acembex manteve uma posição de liderança na importação de cereais, tendo ainda estendido a sua atividade ao fornecimento de grandes operadores de pet food europeus, comercializando matérias-primas nacionais e de outras origens. Em 2015, a empresa manteve uma posição de destaque nas áreas em que intervém, tendo sido o maior importador de cereais e seus derivados em Portugal, com uma quota de 19% num mercado de cerca de 4 milhões de toneladas. Terminou o ano com um volume de negócios de 150 milhões de euros.